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Relato sobre a primeira semana na COP28, por Juliana Rolla De Leo

Em meio a #COP28, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas é a maior e mais importante conferência anual sobre clima do mundo, nossa CEO, Juliana Rolla De Leo, está acompanhando diariamente as evoluções das negociações entre as partes e registra suas impressões a cerca da primeira semana em Dubai.

“Durante essa minha primeira semana de COP28, experimentei um marco significativo para o financiamento climático e os mercados de carbono, durante minha jornada neste universo da sustentabilidade, relembro quão impactante é essa comunidade global de agentes de mudança dedicados a reverter o curso das alterações climáticas. A presença massiva de cerca de 84 mil inscritos nesta COP e com representatividade brasileira expressiva é uma prova do aumento da consciência do problema, acompanhado por apelos cada vez mais unânimes para ações climáticas ainda mais ambiciosas.

Contrariando minhas expectativas iniciais de me deparar com inúmeras críticas e comunicações negativas da imprensa, percebi uma diversidade surpreendente de multiplicadores. Desde comunidades indígenas, ONGs, empresas multimilionárias até instituições financeiras que gerenciam trilhões de ativos, representantes de países em diferentes estágios de desenvolvimento, empresários, todos posicionando-se de maneira sólida em ressaltar o papel crucial dos mercados na realização dos objetivos do AcordodeParis.

Nesta COP, presenciei a participação ativa de ministros das finanças, representantes governamentais e instituições financeiras, indicando um despertar dos mercados de capitais. Sim, existe um amplo consenso de que alcançar as metas da agenda climática e o que descrito no Acordo, será uma tarefa mais desafiadora e onerosa sem acesso a mercados de comércio de emissões de alta integridade, especialmente no âmbito do cumprimento, e também no voluntariado.

Essa primeira semana me carregou de inspiração e vigor, pronta para seguir com essa missão global, mesmo diante dos desafios econômicos e geopolíticos significativos, e da contínua influência dos interesses dos combustíveis fósseis em todos os aspectos da política climática.

Sobre as negociações referentes ao Artigo 6º, seguimos em meio a divisões mais complexas, vejo que estamos em um cenário de incertezas quanto ao seu desfecho nesta COP. Há questões controversas gerando negociações enérgicas entre as partes. A conclusão do artigo 6.4, que envolve o novo mecanismo centralizado de crédito administrado pela UNFCCC, é esperada, porém, as partes decidiram revisitar o texto em relação a aspectos cruciais, como permanência e remoções. Nesse cenário, resta-nos aguardar para qual caminho essas negociações irão se direcionar.”

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